Óleo Essencial de Eucalipto Globulus - Phytoterapica - 5ml

Eucalyptus globulus: Origem e Características
Nativo da Ilha da Tasmânia (Austrália), onde foi descrito em 1792, o Eucalyptus globulus é amplamente cultivado em Portugal. Pertence à família Myrtaceae e destaca-se pelo crescimento acelerado, alcançando até 55 metros de altura, com registros excepcionais de mais de 90 metros. Sua morfologia inclui tronco retilíneo e esguio, folhas alongadas e recurvadas (semelhantes a foices) e flores esbranquiçadas que desabrocham entre setembro e outubro. O óleo essencial, extraído por destilação a vapor das folhas e ramos, é rico em eucaliptol (1,8-cineol) e há décadas é produzido em escala industrial, principalmente na Península Ibérica.

Óleo Essencial de Eucalyptus globulus: Propriedades e Aplicações
De coloração variável (incolor a tons amarelados, acastanhados ou esverdeados), esse óleo exala aroma intenso e característico, com sabor inicialmente picante e depois refrescante. Seu rendimento médio é de 0,8%, podendo atingir 1% quando extraído de folhas parcialmente secas no verão. O componente majoritário é o eucaliptol (70-75%), seguido por alfa-pineno (15%), pinocarveol (5%), sesquiterpenos (2%) e traços de aldeído isovalérico e álcool amílico. O aldeído isovalérico confere ao óleo sua “ardência” característica, que pode irritar as vias respiratórias.

Usos Terapêuticos e Industriais:

• Medicina: Empregado como antisséptico balsâmico no tratamento de afecções respiratórias e urinárias. Sua ação expectorante e broncodilatadora alivia tosse, chiado no peito e falta de ar. Tradicionalmente, povos aborígenes australianos aplicavam folhas de eucalipto em feridas devido às propriedades anti-inflamatórias.

• Indústria: Utilizado na aromatização de balas, produção de cosméticos e perfumes. A indústria de domissanitários, contudo, prefere espécies como Eucalyptus citriodora por questões econômicas.

Aromaterapia: História e Contexto Atual
A utilização de óleos essenciais para fins curativos remonta a seis mil anos, com registros egípcios que associam práticas religiosas a tratamentos medicinais. Atualmente, cerca de 400 óleos são usados em setores como farmácia, alimentação e cosméticos, dos quais 100 são regularmente aplicados na aromaterapia moderna. Conforme Jane Buckle (2014), essa terapia multifacetada busca promover bem-estar e tratar enfermidades por meio da ação sinérgica dos óleos essenciais.

Evolução do Termo “Aromaterapia”:
Cunhado por René-Maurice Gattefossé em 1935, o termo ganhou destaque através de publicações na revista L’Parfumerie Moderne. Posteriormente, Marguerite Maury (1961) e Jean Valnet (1976) consolidaram sua aplicação clínica, demonstrando eficácia no tratamento de diversas patologias. Hoje, a aromaterapia é reconhecida cientificamente e popularizada globalmente, com forte adesão na França e Inglaterra.