Óleo Vegetal de Jojoba - Quinarí - 30 ml

A jojoba (Simmondsia chinensis) é uma espécie de arbusto nativo dos desertos de Mojave e Sonora (Arizona, Califórnia e México). No sudoeste dos Estados Unidos, cresce com vigor em solos soltos e de escassa fertilidade, no entanto com boa drenagem, o qual é bastante resistente a salinidade e as variações térmicas de grande magnitude, típicas dos desertos daquelas regiões. Por séculos, passou despercebido por quase todo o mundo, exceto pelas tribos indígenas que desde a antiguidade já coletavam suas sementes e as utilizavam, sob a forma de extrato ou óleo, para tratamentos capilares e disfunções da pele. Suas sementes, por sinal, são de cor escura – marrons ou avermelhadas, e possuem cerca de 1 a 1,5 cm de comprimento.

Quimicamente, as sementes da jojoba apresentam de 45 a 55% de ésteres graxos insaturados de alto peso molecular (C18, C20, C22 e C24), que, na sequência, produzem os ácidos eicosanóico, erúcico, mirístico e outros. Assim sendo, o óleo de jojoba, quando extraído por prensagem a frio, é considerado uma mistura de cera líquida pura; e não simplesmente um mix típico de triglicérides, tão comum em outros óleos de oleaginosas. Estas ceras, então, perfazem mais de 97% de sua composição, que é enriquecida por uma combinação de tocoferóis, esteróis e outros constituintes insaponificáveis. Por esta razão, trata-se do óleo do reino vegetal que mais se aproxima do óleo de baleia, o qual já vem sendo utilizado como um substituto para o mesmo, reduzindo consideravelmente a caça a estes mamíferos.

Dada a sua riqueza e singularidade química, em pouco tempo, o óleo de jojoba passou de um mero desconhecido a um dos óleos mais cobiçados pela indústria cosmética, pois, além da sua alta estabilidade e resistência à oxidação, ele traz vários benefícios para a pele – em especial no que se refere a estimulação da regeneração cutânea. Exemplo: estudos como o “Avaliação do Efeito do Óleo de Jojoba na Regeneração Cutânea” de Zague, V. e colaboradores (2005) sugerem que ele acelera a reparação tecidual em virtude, dentre outros mecanismos, de uma maior ativação dos fibroblastos; que são os principais responsáveis pela síntese dos componentes da matriz do tecido conjuntivo. Por isso, ele pode ser um grande aliado na formulação de produtos pós-barba, batons para lábios desidratados e loções para a pele com acne.

Conforme Purcell (1993) em “Natural Jojoba’s Moisture Control and Oxidative Stability Took Millions of Years to Perfect”, o óleo de jojoba também é completamente compatível com o sebo humano, o qual, quando postos em contato, observa-se a formação de uma fina camada lipídica, não oleosa e rapidamente absorvível. Por isto, diz-se que ele fornece uma “emoliência seca” e não pegajosa; o que é o sonho de muitos produtos comerciais a base de sintéticos. Para os cabelos, comprovou-se que este óleo intensifica a queratinização dos epitélios promovendo a regeneração da camada córnea, que corresponde à zona celular mais extensa da pele. Como resultado, ocorre um realce do brilho natural dos cabelos, deixando-os limpos e flexíveis. É indicado, portanto, para cabelos opacos e quebradiços, cuja concentração, em cosméticos capilares, varia de 0,5 a 3%.